sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Muhamed Dani e a princesa Sheherazade

Este gajo não tem jeiteira nenhuma, o Sheherazade tá em terra para levar anti-fouling, fazer umas alterações no melhor berço do mundo, quiçá d'Alhandra. (quem comprar o berço leva o barco de oferta).
O resto dos trabalhos a bordo fazem-se a navegar, assim é que é, os barcos têm é que estar na água, toca a arrazar esses cabeços de areia e ostra pelo Tejo fora.

Eventualmente, um dia talvez "Rina"

Este, tá a ser quilhado, o barco claro, a odisseia do Américo C. Lopes, já dura á aproximadamente 14 anos, este pesca/cruzeiro há-de ir para a água, um dia, talvez.
Mas já faltou mais, agora acho que é uma situação de teimosia, o Américo do alto das suas 70 e algumas primaveras já ia perdendo a sua saude quando o barco lhe caiu em cima e tivemos de o sacar com macacos hidráulicos enquanto ele todo partido, tentava respirar como as grávidas.
Teve uns meses em recuperação, mas voltou cheio de força, alguns dias atrás disse-me que ainda queria ir nele ao espadarte.

O Galileo

O Galileo tambem veio a terra, desta feita para remodelação de interiores, o Boloca (mais conhecido por fiscal da CMVFX), tava a fazer uma séria concorrencia ao Amaral, porque estava na fase do "já agora..." e entre o desmanhar e montar , entraram dois gajos no barco á noite naquela do Whisky, deram um pontapé no ferro de soldar e a instalação eléctrica acabadinha de montar ficou um bocadinho para o chamuscado.
Fica o aviso:
Quando entrarem dois gajos num barco, a horas que não lembram ao menino Jesus, a perguntarem "o que é que se bebe aqui", desliguem os ferros de soldar.
O rapaz tinha de comprar um Jeaneau, se fosse um DC como lhe aconselhei, nada disto tinha acontecido, o que aconteceu não foi vingança, foi um acidente e acho que foi o outro que deu o toque no ferro.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

"OCeanus" o barco do Makito


O Oceanus tá em terra, mas as obras tardam em começar, cá para mim este ano não vê água, a não ser da chuva, mas uma providência já foi tomada, como se consta que o preço do espaço a seco vai aumentar, o Makito cortou meio metro de cada lado ao berço para diminuir a área de ocupação, com estas trafulhices, qualquer dia paga o espaço aéreo.

O Barco do Bacalhau

Antigo casco de lancha de pilotos, está a ser recuperado nestes estaleiros pelo Bacalhau (gajo mais ordinário d'Alhandra), homem dos 7 oficios e mais um, carpinteiro oficial da Rainha de Inglaterra enquanto imigrante, velejador desde pequenino.
Conhecido pela rapidez com que constroi um barco e o vende logo a seguir, principal exportador oficial para o Alqueva, aqui o vemos em cima da sua obra.

Vista interior da embarcação, de salientar a amplitude do salão de refeições que já está a ser utilizado desde o inicio do Verão passado, todos os sábados desde então as obras param ao meio dia.
A magestosidade do motor da traineira do João Taróta, perante a amplitude do salão e o acesso á cabine da proa em forma de ovo cozido.

O Mékinho (Américo Bacalhau), feliz proprietário, diz que vai pá água no Verão.


A MEDUSA

Para que conste desde já, esta embarcação quando foi adquirida era uma baleeira de boca aberta em aluminio, uma das primeiras intervenções foi revestir o casco a PRFV, foi motorizada e a partir daí as obras nunca mais pararam, são as paragens dos fornos da Cimpor no Verão e as obras da Medusa no Inverno, o terror dos fiscais de obras da Camara.
Protagonista de várias operações de Face Lift, nem a Lili Caneças sofreu tantas operações plásticas, o próprio Michael Jackson não é páreo para isto.

Vemos já aqui terminada a operação deste ano, a ampliação da cabine da proa, uma lixadela no fundo, anti-fouling e rio acima. Para o ano logo se verá, certamente alguma coisa se há-de arranjar.

O N.V.VOLARE em obras

Tive honras de 1ª publicação, foto gentilmente cedida pelo Amaral, nesta fase tenho o barco com o fundo já lixado, após uma jornada de lixadora excentrica e lixa de 60, o fundo já foi lavado e aguardo por mais uns dias para o pintar.
Uns retoque de gelcoat, resultado de alguns toques dados e recebidos.
Este barco foi construido em 2001 nos Estaleiros Delmar Conde, foi aquirido por mim em 2ª mão e com a pintura de fundo bastante degradada, foram necessários 8 meses de trabalho para o colocar a navegar:
-Lixar o fundo até ao osso, betumar com epoxy filler, 3 demãos com Epoxy High Protect anti-osmose, 2 demãos de selante Epoxy Light Primer, 2 demãos de anti-fouling Hard Racing, substituição de adriças, revisão ao mastro, mais outras coisas menos importantes e voltou a navegar em Junho de 2005.

Termo de abertura (ou reabertura)

Ao vigésimo primeiro dia do mês de Fevereiro, do ano da graça de Deus (nosso Sr.) de 2008, foi (re) aberto este blog, dedicado ás obras e aos obreiros deste estaleiro, no fundo a todos aqueles doidos, que sendo uma cambada de tesos, (mas como como ouviram dizer que somos uma terra de marinheiros) insistem em ter um barco (coisa de ricos).